Toda crítica al país de uno me parece que cojea si no se tiene en cuenta lo que sucede en, al menos, los vecinos. En este poema, que forma parte de la última entrada del excelente blog de Manuela Viola (http://manuelaviola.blogspot.com/), Pessoa se queja del suyo:
Nem rei nem lei, nem paz nem guerra,
Define com perfil e ser
Este fulgor baço da terra
Que é Portugal a entristecer –
Brilho sem luz e sem arder,
Como o que o fogo-fátuo encerra.
Ninguém sabe que coisa quer.
Ninguém conhece que alma tem,
Nem o que é mal nem o que é bem.
(Que ânsia distante perto chora?)
Tudo é incerto e derradeiro.
Tudo é disperso, nada é inteiro.
Ó Portugal, hoje és nevoeiro...
É a hora!
"Fernando Pessoa"
4 comentarios:
E o mais interessante é que Fernando Pessoa viveu entre 1888 e 1935. Continua muito actual. Saludo
Quizá somos nosotros quienes hemos "retrocedido" hasta la época de Pessoa...
Un saludo.
Me cuesta un poco la traducción, pero se nota que el hombre eufórico no estaba precisamente por la situación de su tierra.
Buen puente.
Gracias por la visita y el comentario, nómada.
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